O União Brasil e o PP falam a jornalistas nesta 3ª feira (2.set.2025) sobre a posição dos partidos em relação ao governo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Poder360 apurou que a federação, oficializada em 19 de agosto, deve decidir pela saída da base do Planalto. Com a decisão, os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) devem deixar seus cargos nos ministérios. O Poder360 apurou haver desconforto dos ministros por julgarem que há 2 pesos e duas medidas no tratamento dos cargos das siglas no 1º escalão. Na avaliação dos governistas, se quiserem deixar o Executivo, União Brasil e PP também deverão renunciar a cargos mais estratégicos.
O PP, por exemplo, é o responsável pela indicação do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira. Foi uma indicação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Deve seguir no cargo num 1º momento. Já o União Brasil tem nomes na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Outro ponto é a indicação da “cota pessoal” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ao menos o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, é indicado pelo senador. Na avaliação do governo, não tem nenhum motivo para obrigar o ministro a sair do cargo com a saída dos partidos da base de apoio. Caso União Brasil e PP decidam por um desembarque, os ministros do Turismo e dos Esportes não querem ser os únicos sacados. Politicamente, o custo de abandonar esses cargos é menor que em estatais, por exemplo.
Os orçamentos controlados por Fufuca e Sabino estão entre os menores da Esplanada. Mas, para eles, a vitrine é fundamental para seus futuros políticos no Maranhão e no Pará, respectivamente. No caso de Sabino, ele tem ganhado protagonismo em negociações ligadas às obras de infraestrutura para a COP30, em Belém, que será em novembro. Segundo apurou o Poder360, o ministro ainda participaria do evento fora do governo, porque é congressista do Estado, mas preferia fazê-lo no ministério.
No governo, a avaliação é de que a permanência dos ministros reforça a tese de partidos divididos. Ou seja, mostraria para a classe política e para a sociedade que não há unanimidade contra Lula mesmo em partidos de centro-direita. O fato pode ser usado como um ativo para as eleições de 2026. O presidente do PP, Ciro Nogueira, e o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, se reuniram nesta 3ª feira (2.set) para discutir o assunto e devem anunciar o resultado nas próximas horas.
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