ILHÉUS, OPERAÇÃO: “JUNTANDO OS CACOS”! É HORA DA CHAMADA.


Autor: Mirinho Duarte


Pensar fantasiosamente para se iludir sobre Ilhéus é jogar toneladas de peso e todo o tipo de culpa nas costas do novo prefeito, que, por enquanto, tem apenas o pecado original de estar assumindo o seu primeiro cargo eletivo.  

Como novo herdeiro do espólio falido, carcomido, dilapidado, com suspeitas de desvios de recursos, o atual prefeito não poderá garantir em apenas quatro anos, sanear finanças, atrair investimentos, manter políticas públicas essenciais, quais Saúde, Educação, Limpeza Pública, infraestrutura, dentre outras, com eficiência e eficácia na plenitude pretendida, nem assegurar a proeza de pagar em dia aos fornecedores e bem pior, firmar compromisso de adimplir obrigações e “devoções” “aparentemente devidas que foram empenhadas e deixadas pelo seu antecessor, sem o sacrifício e privações da população. Só milagres! “Mário and his devils in yellow” deixaram Ilhéus em cacos.

Avaliar e medir os estragos adotando medidas de contenção aos efeitos da “diarreia” moral, econômica, financeira e social “Alexandriana” deverá ser o principal foco do atual gestor para evitar que a sua Administração seja contaminada e descambe ao fracasso, caso os problemas da gestão anterior somem-se aos atuais, porque, assim, a ingovernabilidade se fará presente, crescente e irreversível e as responsabilidades serão divididas entre o ex e o atual gestor. 

Pois bem, enquanto a quentura do “bota fora” de Mário Alexandre estiver mantida, mantidos estarão os sentimentos de desprezo e de desconfiança a ele creditados merecidamente, pelo caos que “cuidou” de instalar em Ilhéus. Mas, até quando, se a população apenas sabe da existência de um “rombo” que comprometerá a atual Administração Municipal, mas desconhece o tamanho do “rombo” e nem faz ideia do tempo necessário para reequilibrar as finanças e incrementar um trabalho de revitalização econômica e financeira, de modo a recolocar o município nos trilhos do crescimento e do desenvolvimento econômico e social?

A situação é caótica e exige do atual prefeito adoção de medidas, inclusive, impopulares, porém necessárias, e no que pese conotar um ato positivo, os seus efeitos, mesmo transitórios, também exigirão sacrifícios e tolerância da população. É aí onde mora o perigo: se a população não estiver bem informada acerca da adoção dessas medidas “amargas” e as razões de estarem sendo adotadas, confusa e desinformada, poderá jogar o novo governo na mesma vala da indecência do governo anterior. “Quem não se comunica se intrumbica”, já dizia o Velho Guerreiro Chacrinha. Informar o povo será imprescindível. 

MAS, a nosso sentir, a maior preocupação diz respeito a premente necessidade de se impor mudanças rígidas no tratamento da “res pública”, pois, certamente, o atual prefeito, tomara que não, mas poderá encontrar óbices no legislativo municipal, principalmente, pelo que já se conhece da maior parte dos 09(nove) vereadores reeleitos, que se mantiver a mesma postura da legislatura anterior, exigindo contrapartidas na base do toma-lá-dá-cá para apoiar ao Executivo Municipal, poderemos estar diante de uma “repetição de Indébito” administrativo e assistirmos um filme reprisado, fato indiscutivelmente de ordem postural porquanto apenas dois deles, se posicionaram com clareza durante os seus mandatos, registrando as suas marcas como opositores, enquanto os seus pares adotaram posturas estranhas marcadas pelo silêncio, pela omissão e conivência, cujas condutas permitiram desmandos e escândalos, porque não fiscalizaram os atos do ex prefeito, nem do próprio legislativo, não legislaram, não denunciaram ilicitudes, nem tomaram a iniciativa de instalar CEIs., para apurar abusos e ilicitudes.  

Não se trata de “mi, mi, mi”, porque os fatos trazem a verdade à prova e numa rápida análise acerca da legislatura 2021/2024, se nos debruçar sobre as Atas das Reuniões das Doze Comissões Permanentes do Legislativo Municipal de Ilhéus, se existem e se lavradas foram, não é arriscado se concluir que algumas Comissões pouco se reuniram e outras sequer se reuniram e que as suas pautas não trataram dos problemas crônicos do nosso município, caso contrário, os escândalos envolvendo o Executivo Municipal teriam sido investigados, julgados e exemplarmente punidos, assim como, parcela carente da população nos últimos oito anos de “cuidados” “Alexandriano”, não teria morrido na fila da regulação enquanto aguardava por uma vaga para Tratamento Fora do Domicílio – TFD. Essa é apenas uma coceirinha, sinalizando uma pequena queda de cabelo na cabeça de um futuro careca. Se mexer, fede!

E a conta chegou com juros e correções. Tudo isso pela permissividade, pela condescendência, mudez e inapetência do Legislativo que não cumpriu o seu dever de fiscalizar, de legislar, de denunciar, investigar e punir atos ímprobos e ilícitos praticados pelo prefeito municipal. 

E agora? Para juntar os “cacos” de Ilhéus e trazê-la de volta na sua inteireza ao cenário nacional como dantes, o atual prefeito tem demonstrado empenho, maturidade, equilíbrio e firmeza nas suas ações ao informar e comprovar junto à população, a situação de depredação do patrimônio imóvel municipal, assim como, a caótica situação financeira instalada em cada Secretaria. 

E agora? Para juntar os “cacos” de Ilhéus e reconduzi-la ao seu trono de Princesinha que a é, a população já está de “mangas arregaçadas”, aguardando ser convocada para a luta. A população está dizendo SIM À REVITALIZAÇÃO DE ILHÉUS! 

E agora? Para juntar os “cacos” de Ilhéus, a Câmara Municipal, especialmente os Vereadores reeleitos, efetivos contribuintes da crise instalada no município, como medida reparatória às suas frágeis atuações na legislatura pretérita, SUGERIMOS que, imediatamente após a formação das Comissões Permanentes, requeiram a INSTALAÇÃO DE UMA COMISSÃO ESPECIAL DE INQUÉRITO – CEI para investigar e apurar os indícios de irregularidades existentes na Secretaria Municipal de Saúde, por atos praticados na gestão do ex prefeito “Mário and his devils in yellow””. As razões expostas no Decreto Emergencial da Saúde são um compilado de FATOS DETERMINANTES justificadores da CEI propositada.  

A mesa está posta. Há três assentos disponíveis para: POVO, EXECUTIVO E LEGISLATIVO. O cardápio é único: JUNTAR OS CACOS DE ILHÉUS PARA RECONSTRUÍ-LA.


É hora da chamada:


POPULAÇÃO: SIM, PRESENTE!

EXECUTIVO:

LEGISLATIVO: ....?????????

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem